Qual nerd irá dizer que o heavy metal não faz parte de sua vida. Mesmo que você não seja um aficcionado, todo nerd é, inevitavelmente, um pouco headbanger. Nesta coluna irei escrever sobre algumas das principais bandas de heavy metal (ou não) do mundo, aquelas que todo nerd deveria conhecer. E não, não vou escrever sobre Helloween...
O Guerreiro da Escuridão (Parte 2/3):
Thomas Gabriel Fischer, ou Tom Warrior, é um dos maiores nomes do metal extremo mundial. Nesta coluna, você conhecerá sua carreira, sua obra, e sua influência.
Em primeiro de junho de 1984, surgia o Celtic Frost.
Tom Warrior e Martin Eric Ain haviam planejado de antemão como seria a arte do Celtic Frost. Os músicos trabalhavam duro, ensaiavam como profissionais, em busca de uma qualidade técnica e artística cada vez maior, que lhes permitisse superar o Hellhammer e revolucionar novamente o heavy metal. Pela primeira vez, a arte gráfica, as letras e a atmosfera dos álbuns estavam intimamente ligadas em prol de uma idéia maior. As obras de H. P. Lovecraft, Robert Howard e Aleister Crowley, a decadência humana, envolta por sombras e por morte. Estava tudo contido no conceito do que seria o Celtic Frost, e eram sua maior inspiração.
Depois de uma difícil busca por um novo baterista para a banda, Warrior e Ain encontraram Stephen Priestly, e então viajaram para Berlin, onde iriam gravar seu primeiro álbum, pela Noise Records. Lá encontraram o muro, torres de vigia, guardas armados e tanques de guerra circulando pelas ruas, e vivenciaram toda a paranóia da Guerra Fria e o medo da hecatombe nuclear. Depois de alguns dias dentro do estúdio, o Celtic Frost tinha em mãos o Morbid Tales (1984), e com ele haviam conquistado seus objetivos, ou pelo menos haviam começado a conquistá-los.
Em 1985, após lançar outro EP, o Emperor's Return, o Celtic Frost partiu para sua primeira turnê pela Europa, onde tocaram na Suíca, Alemanha e Áustria. A banda havia encontrado um novo baterista, Reed St Mark, e assim havia consolidado sua formação.
No mesmo ano, o Celtic Frost voltou ao estúdio para a gravação de seu segundo álbum, To Mega Therion (1985). A capa deste álbum contava com uma pintura do também suíço H. R. Giger,
chamada Satan I. Giger havia recebido um oscar, alguns anos antes, pelo seu trabalho no filme Alien. To Mega Therion trazia composições sombrias e pesadas acompanhando suas letras soturnas, riffs arrastados e graves, e a voz já conhecida de Tom Warrior. O álbum não contou com Martin Eric Ain no baixo, devido à alguns atritos pessoais. Ain, no entanto, retornou à banda logo após as gravações, e participou da gravação do EP Tragic Serenades e da mais extensa turnê da banda até então, que passou por toda a Europa, incluindo a Inglaterra, e pelos Estados Unidos.
Já no álbum To Mega Therion, Tom Warrior havia começado a incorporar elementos de outros estilos na música do Celtic Frost. O seu próximo álbum, Into the Pandemonium (1987) trazia em sua plenitude todos esses elementos. As influências da música clássica e eletrônica, a presença de samplers e de vocais góticos, renderam ao Celtic Frost o rótulo de avat-garde metal, e elevaram a banda ao seu ápice, novamente no rol das maiores e mais influentes bandas de black metal do mundo.
Com esse álbum, o Celtic Frost se estabeleceu como uma força na cena heavy metal, e imbuídos de coragem e valentia, partiram novamente para os Estados Unidos com a intenção de dominar o underground americano.
Sua tentativa foi um fracasso. O Celtic Frost tinha agora um novo guitarrista na banda, Ron Marks, e tensões internas entre os membros da banda, dificuldades financeiras e desavenças com sua gravadora, a Noise Records, causaram o fim do Celtic Frost após o final da turnê. Seis meses depois, Tom Warrior juntou-se novamente ao baterista Stephen Priestly, e recrutou o guitarrista Oliver Amberg e o baixista Curt Victor Bryant para restaurar o Celtic Frost. A tentativa resultou em outro fracasso, desta vez o maior da carreira da banda. A desesperança de Warrior permitiu que os outros membros produzissem um disco totalmente comercial, flertando com o glam. Ainda que o disco tenha feito certo sucesso no mercado americano, certas atrocidades como maquiagem e roupas coloridas destroçaram a reputação do Celtic Frost. O álbum Cold Lake (1988), foi o maior fracasso do Celtic Frost, e sua existência é até hoje ignorada pelos fãs.
Thomas Fischer porém, não desanimou, novamente. Retomou o controle da banda, despediu o guitarrista e convenceu Ron Marks a voltar para a banda. Os problemas do passado, porém, não tinham sido resolvidos, e Marks não durou muito na banda, sendo substituído por Amberg na guitarra, e permitindo a volta de Ain para o baixo. A empreitada resultou no álbum Vanity/Nemesis (1990), que seria uma volta às origens do Celtic Frost. O álbum, apesar de não ser ruim, e ter de certa forma retomado a carreira da banda de onde Into the Pandemonium tinha parado, não foi o suficiente para reestabelecer o nome do Celtic Frost na cena. Depois de algumas turnês fracas pela Europa e América do Norte, e de um contrato com uma grande gravadora perdido, o Celtic Frost encerrou as suas atividades.
Porém, como havia acontecido com o Hellhammer, o legado do Celtic Frost era grande demais. E Tom Warrior ainda não tinha abandonado o heavy metal. Apesar das crises, o final do Celtic Frost ainda não tinha chegado. (Continua...)
"Qual nerd irá dizer que o heavy metal não faz parte de sua vida. Mesmo que você não seja um aficcionado, todo nerd é, inevitavelmente, um pouco headbanger."
ResponderExcluirEu o/ Metal não faz parte da minha vida.
Bora la gente sou nerd e não sou metaleiro
ResponderExcluirprefiro rock alternativo
e continua?? !#$!@$!
ResponderExcluirDesculpa, mas tbm não curto heavy metal! D: prefiro coisas mais gays! -q
ResponderExcluirDHSUIDHUSIHDIUHDUId
mas é verdade....
g.g
mais gay ainda? ;(
ResponderExcluirEu e 90% (sem exagero) dos nerds de sampa e próximos da capital curtimos metal. Se curtir metal me faz gay eu sou uma tremenda bichona! E tenho dito. ^^
ResponderExcluirTudo bem, nesse vou comentar vai:
ResponderExcluir1) A galera cismou com a introdução. Eu não falei que todo nerd curte heavy metal, mas dificilmente um nerd não terá pelo menos um amigo que curte metal ou nunca deixou rolar algum som mais pesado durante uma sessão de RPG. Talvez eu faça um artigo sobre isso qualquer dia, mas não acho necessário.
Ademais, esse artigo foi longo porque eu me empolguei e porque o Celtic Frost existe desde que o metal existe, então a história é grande. Vou maneirar nos próximos.
ResponderExcluirUm dos próximos artigos será sobre rock alternativo (as variantes mais obscuras, nada de indie), e talvez outros depois dele (se houverem).
E o metal já foi bem gay sim, lá pelos idos de 85-89 em Hollywood (vide Poison e Mötley Crüe), mas isso é coisa de poser. Você não é poser, é?
Cara, eu simplesmente adoro metal!
ResponderExcluirEspero que nao tenham me entendido errado :S
ResponderExcluireu disse q nao gosto de metal e nao que eles são gays. e sim as bandas q eu ouço são! òó
nao eu nao ouço restart :~
Lichy, não tenho nada contra seu texto ser enorme cara, os meus são biblicos também, mas eu só comento sobre a introdução porque é a unica parte sobre a qual eu posso opinar, o resto pra mim é quase grego.
ResponderExcluirMas a gente trolla mas sabe que é veradde, meus amigos são pelo menos 60% fãs de metal e todo mundo que me conhece automaticamente pensa que sou metaleiro e é por isso mesmo que eu gosto de aproveitar esse espaço aqui pra dizer sempre...
Eu não curto metal o/
Mas não precisa maneirar nos proximos textos cara, quem curte metal gosta assim, eu durmo enquanto meus amigos tem longas discussões sobre o tumpa tumpa da bateria e o solo do cara que dedilha e faz bruloooommmmm trilililim lililim.
Pra gente que não curte metal pode ser realmente massante, mas pra quem curte o texto ta massa. Até recomendei pro meu amigo Lele (Leandro Extremista ou Tiozão do Napal Teath) aposto que ele vai adorar...
Mas eu cofeço que li o primeiro mas nesse segundo só li a introdução e vim dizer que eu não gosto de metal o/
Uhull, coments biblicos...
E metaleiro não é poser?
ResponderExcluirE essa história de "já foi gay"? existe ex-viado???
pow galera, sense please;/
O Metal já teve representantes gays (bandas gays) não que dizer q o metaleiro, aquele que ouve metal seja gay. Certamente existem gays metaleiros, mas nem todo metaleiro é gay (não que isso seja algum defeito). Fato.
ResponderExcluirEntendo a associação que se faz entre nerds e o heavy metal. Acho que se um estilo de música pode ter um espaço aqui, o heavy metal é talvez o mais apropriado (superado talvez por músicas japonesas, que eu detesto)
ResponderExcluirSe for pra falar em "tipos", acredito que bangers e nerds (o clássico "nerd") são duas galeras bem distintas, mas com uma zona considerável de intersecção.
Além do mais, há um estilo inteiro de heavy metal praticamente feito para nerds, inaugurado pelo Blind Guardian (Rhapsody, Lothloryen, Dragonheart) ainda nos anos 80.
Bom post sobre o Cletic Frost, confesso que não li inteiro pq já conheço a história deles.
Abraço!
"Gay" talvez seja uma palavra forte. O único nome realmente gay de grande projeção no heavy metal, que eu me lembre, é o do Rob Halford... sua música e seu visual em mais nada se associa ao homossexualismo!
ResponderExcluirO referido "gay" é o estilo pomposo, colorido, com cabelos escrotos anos 80, das bandas de hard rock poser... o que nem é Metal (se for ver). Vale lembrar que esses caras, ao que se tem notícia), não eram gays, e sim uns pervertidos que comiam mta mina gostosa.
Concordo plenamente! Mas adoro música japonesa!
ResponderExcluirO próprio Kiss. Apesar do visual eram um bando de comedores. Vi isso em um vídeo de uma turne deles. As fãs disputavam no tapa quem ia entrar no camarin para poder "brincar" com eles.
ResponderExcluirNhá, essa coisa de metal ser gay, acho que o Junior já explicou tudo. A cena Glam estadunidense de meados de 80 apostava num visual estranho, meio andrógeno, que eu acho bem gay. Nessa época o visual da banda era mais importante que suas letras e sua música, que costumavam ser bem bobas, daí serem chamados de posers. Isso não implica, necessariamente, que os caras eram gays. Enfim...
ResponderExcluirEu não conheço nada de música japonesa, e pessoalmente não curto muito essas bandas de power/melódico européias, acho um amontoado de cliches, mas tem representantes muito bons.
ResponderExcluirExiste uma gama de influências em comum entre coisas nerds e o metal, que os tornam um pouco mais próximos. O próprio Celtic Frost, o Metallica e uma caralhada de outras bandas foram influenciados pela obra de Lovecraft, que também rendeu um dos RPGs mais populares do mundo. Várias bandas tem seus nomes e algumas letras tirados das obras de Tolkien, e por aí vai. Por isso acho que vale aos nerds conhecer um pouco mais sobre algumas bandas de metal.
Agora, aproveitando o tema de posers e música japonesa dos tópicos de cima: quem curte Malice Mizer ae?
Eu curto. Era uma boa banda ^^
ResponderExcluirNão conhecia e adorei! Os caras tem estilo, as músicas são bem legais, o vocalista além de ter voz linda é mto gato!
ResponderExcluirAntes q falem qq coisa o cara é andrógeno, mas é gato.
ResponderExcluirEu cruto. Os caras são bons. E quer visual mais poser que o deles ???
ResponderExcluirEu concordo que nem todo nerd é metaleiro ou goste de qualquer outro estilo de rock, mas não podemos negar a influencia que o estilo tem na nossa cultura, alem do fato ja citado de que a maioria dos nerds gosta de algum tipo de rock podemos ver esse influencia nos animes, mangas, filmes, seriados e HQ's...Não é raro (é bem comum na verdade) encontrar um ou mais personagens (até séries inteiras) baseadas em astros do rock ou no visual e atitudes de algum estilo em particular.
não da pra negar a influencia.
E os comentários voltaram!!! ^^ (deturpando o post dos outros!! \o/
ResponderExcluirEu toco numa banda de Black Metal, e pra mim os pseudonimos dos musicos dessa cena são td nome dos vilões das minhas campanhas de Arkanun e Trevas.
ResponderExcluirMas pra mim o nerdmetal mais típico é o estilão do rhapsody e blind guardian... bandas viking/folk tbm se associam mto
enfim, uma crítica (crítica não no sentido vulgar "falar mal", mas sim no sentido de análise) que posso fazer ao post é que esse conteúdo traz pouca originalidade, de certa forma. Background do Celtic Frost ou outra banda conhecida é algo que já aparece, de forma mto semelhante, em diversas mídias, normalmente o banger já sabe.
Eu acho que talvez seria mais interessante posts sobre músical/metal mais temáticos ou pessoais. Acredito que o autor pode fazer bons textos assim!